quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

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Por: Jan Penalva - Revista do Fornecedor


Carnaval em Salvador - Farol da Barra

Os trios e carros de apoio que estarão presentes nos circuitos oficiais do Carnaval 2011 vão ser abastecidos com o biodiesel B50, desenvolvido pela Petrobras. O uso do combustível foi liberado pela Prefeitura do Salvador através da Superintendência do Meio Ambiente (SMA).
Por ter na composição cotas de não poluentes, o B50 diminui a emissão de gases nocivos ao meio ambiente, contribuindo no combate ao aquecimento global. "Com esse combustível o ar fica mais leve e puro e, efetivamente, as pessoas passam a ter mais saúde", destaca o chefe do Setor de Ciência e Tecnologia em Meio Ambiente da SMA, Carlos Alberto Querino.
O órgão vai acompanhar, juntamente com a Superintendência de Trânsito e Transporte (Transalvador), o desempenho efetivo do combustível B50. O material vai ser examinado através da rede de monitoramento da qualidade do ar, feito pela Cetrel em parceria com a Braskem, Governo do Estado e Prefeitura do Salvador. Querino destaca ainda que os estudos em desenvolvimento estão indicando para o uso, em breve, do combustível B-50 em caminhões, vans e ônibus dos serviços públicos.
Menos poluente - O B50 tem na composição o percentual de biodiesel derivado de plantas oleaginosas, como mamona, soja, amendoim e girassol, dentre outras, adicionado ao óleo diesel de origem fóssil, trazendo benefícios nas áreas de transporte e geração de energia elétrica. O B50 apresenta ainda muitas vantagens ambientais, entre elas a diminuição das emissões de gás carbônico (CO2), ausência de enxofre e menor geração de partículas poluentes.
On 15:52 by Prisma   No comments

Reciclagem do café

Cientistas da USP demonstraram que é possível usar a borra de café - o que resta do café em pó depois que ele é coado - para a produção de biodiesel.
O processo consiste em extrair um óleo essencial da borra de café. Este óleo mostrou ser uma matéria-prima viável para a produção do biodiesel.

O processo consiste em extrair um óleo essencial da borra de café.
Este óleo mostrou ser uma matéria-prima viável para
a produção do biodiesel. [Imagem: Denise Moreira dos Santos]

A produção do biocombustível a partir do resíduo foi testada pela química Denise Moreira dos Santos, em escala laboratorial.
O estudo concluiu que a técnica é adequada para a produção do biodiesel em pequenas comunidades, para o abastecimento de tratores e máquinas agrícolas, por exemplo.
"No Brasil, há um grande consumo de café, calculado em 2 a 3 xícaras diárias por habitante, por isso a produção de resíduo é intensa em bares, restaurantes, casas comerciais e residências

Óleo essencial

"O óleo essencial, responsável pelo aroma do café, já é utilizado em química fina, mas sua extração diretamente de grãos de alta qualidade é muito cara", conta a professora.
A borra do café também contém óleos essenciais, que podem contaminar o solo quando o resíduo é descartado no meio ambiente.
O processo de obtenção do biodiesel é o mesmo adotado com outras matérias-primas.
"O óleo essencial é extraído da borra de café por meio da utilização de etanol como solvente," conta Denise. "Após a extração, o óleo é posto em contato com um catalisador alcalino, que realiza uma reação de tranesterificação com a qual se obtém o biodiesel."
As características dos ácidos graxos do óleo essencial do café são semelhantes aos da soja, embora estejam presentes em menor quantidade.
A partir de um quilo de borra de café é possível extrair até 100 mililitros de óleo, o que geraria cerca de 12 mililitros de biodiesel.
"No Brasil são consumidas aproximadamente 18 milhões de sacas de 60 quilos de café, num total de 1,08 milhões de toneladas, o que irá gerar uma quantidade considerável de resíduos," aponta a professora.

Pesquisa e educação

"Todo o experimento para obtenção de biodiesel foi realizado em escala laboratorial", explica Denise, que é professora do curso técnico de Química do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (CEETPS), em São Paulo. "O objetivo da pesquisa é mostrar aos alunos que é possível aproveitar um resíduo que é descartado no ambiente para a produção de energia".
Segundo a professora, a implantação do processo de produção do biocombustível em escala industrial dependeria de um trabalho de conscientização da população para não jogar fora a borra de café, que seria recolhida para extração do óleo.
"Sua utilização é indicada para pequenas comunidades agrícolas, que produziriam seu próprio biodiesel para movimentar máquinas", sugere.
Denise lembra que em algumas fazendas de café, a borra é armazenada no refrigerador para ser usada como fertilizante. "Entretanto, seu uso frequente pode fazer com que os óleos essenciais contaminem o solo", alerta. "O aproveitamento desse resíduo para gerar energia pode não ser uma solução mundial, mas está ao alcance de pequenas localidades".
On 15:38 by Prisma   No comments
Por: Luana Lourenço - Agência Brasil

Manter a matriz energética brasileira limpa vai exigir investimentos e integração entre as áreas de energia e meio ambiente.
A avaliação é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e consta no estudo Energia e Meio Ambiente no Brasil, divulgado na terça-feira.

Sustentabilidade ambiental

O estudo considera o componente ambiental da matriz brasileira como uma vantagem comparativa, com benefícios e responsabilidades que devem ser compartilhadas pelo governo e pelo setor privado.
"Muito mais que sacrifício para a economia nacional, a sustentabilidade ambiental deve ser vista como uma oportunidade para o desenvolvimento socioeconômico," defende o documento.
Apesar do potencial de uma matriz de energia limpa, o Ipea prevê um ligeiro aumento da participação de fontes de energia não renováveis na matriz brasileira.

Energia suja

A principal vilã será a geração em usinas termelétricas, movidas, na maioria, a carvão, óleo e diesel: "As usinas térmicas derivadas de combustíveis fósseis passarão de 17,7 para 23,1% [da matriz]."
Ganhos de eficiência energética nas térmicas poderiam diminuir os impactos negativos desse tipo de geração na produção nacional de energia. O Ipea sugere melhoria na eficiência de máquinas como geradores e turbinas, uso de novas tecnologias, instalação de filtros mais eficientes e reaproveitamento de resíduos produzidos pelas usinas.
A sobretaxação da energia produzida pelas termelétricas também poderia desestimular a utilização dessa fonte.
"O uso de resíduos sólidos e efluentes para fins energéticos pode ser um importante fator na solução de problemas ambientais causados por resíduos - como poluição do solo, das águas e emissão de gases de efeito estufa - com custos que podem vir a ser negativos", sugere o relatório.

Eólica e solar

Segundo o Ipea, o país poderá ter ganhos de sustentabilidade na área energética com o aumento da produção de biocombustíveis - desde que haja melhorias nas etapas de produção - na expansão de projetos de energia eólica e energia solar e no aproveitamento de energia derivada de resíduos.
O diagnóstico do Ipea aponta ainda a necessidade de vincular a previsão de recursos para a geração de energia com a gestão ambiental das fontes, atualmente desconsiderada nos documentos de planejamento energético.
O estudo também propõe o aumento do financiamento para pesquisa em energia e meio ambiente, a partir de recursos cobrados de produtores de energia de fontes fósseis.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

On 15:47 by Prisma   No comments


Por: Vanessa Barbosa, de EXAME.com

SÃO PAULO - A gigante de alimentos Unilever está empenhada em baixar as emissões de carbono em suas fábricas de sorvete.
Dona de marcas como Kibon no Brasil, Algida e Wall's na Europa, e Ben & Jerry's nos Estados Unidos, a maior fabricante de sorvetes do mundo anunciou a construção de um biodigestor capaz de transformar restos da produção da guloseima gelada em energia
Fábrica de uma das maiores marcas do grupo, a Ben & Jerry´s,
vai ganhar um biodigestor capaz de gerar energia a partir de
resíduos de leite, nata e pedaços de frutas
Fruto de uma parceria com um produtor de água e sistemas de purificação de gás, o biodigestor está sendo instalado em uma das fábricas holandesas da icônica marca de sorvetes americana Ben & Jerry's.
Ele vai gerar biogás a partir de resíduos de produtos como leite, nata, proteínas, xaropes e pedaços de frutas. A tecnologia, que deve entrar em operação ainda este ano, será responsável pelo suprimento de 40% de toda a energia da fábrica.
Além de evitar desperdícios durante a produção, o sistema também será capaz de purificar a água dos resíduos. De acordo com a Parques, empresa responsável pelo sistema, o biodigestor foi especialmente desenvolvido para o tratamento anaeróbio de fluxos de resíduos que contêm gorduras, óleos e sólidos biodegradáveis como as proteínas e o amido.
Para a transformação, o aparelho conta com um reator repleto de microorganismos - são 24 quatrilhões, ou 24.000.000.000.000.000 - que vão 'comer' os resíduos e convertê-los em biogás.
No ano passado, a Unilever anunciou algumas metas agressivas em prol do meio ambiente, incluindo planos para cortar emissões de gases de efeito estufa, uso de água e produção de resíduos de forma sustentável, além de garantir que a origem sua matéria-prima agrícola venham de fontes que não agridem a natureza.
O grupo, que em 2010 manteve a liderança no setor de Alimentos e Bebidas dos Índices de Sustentabilidade Dow Jones pelo 12º ano consecutivo, também planeja dobrar a utilização de energias renováveis para 40% de toda sua necessidade energética até 2020.

On 14:05 by Prisma   No comments

Por: Redação do Site Inovação Tecnológica

Foguete a álcool

O sistema é composto por dois reservatórios de propelentes, 
um de etanol e outro de oxigênio líquido.[Imagem: IAE]
O Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) está coordenando a construção de um foguete brasileiro alimentado por propelente líquido - mais especificamente, por etanol.
O projeto está na etapa de construção do sistema de alimentação do motor foguete, cuja principal função é fornecer ao motor do foguete o propelente líquido nas pressões e vazões necessárias para o correto funcionamento do motor.
O sistema de alimentação será um dos componentes do primeiro foguete brasileiro funcionando exclusivamente com propelente líquido, o VS-15.
O VS-15 possibilitará a realização de ensaios em voo do motor foguete a etanol, verificando se o motor corresponde às características de projeto.

Alimentação do motor foguete

Um dos reservatórios do motor foguete, destinado
a armazenar o etanol. [Imagem: IAE]
O sistema é composto por dois reservatórios de propelentes, um de etanol e outro de oxigênio líquido, e um reservatório de gás pressurizante, todos fabricados em fibra de carbono, para redução da massa total.
Diversas válvulas fazem o controle do fornecimento do etanol e do oxigênio ao motor, além do abastecimento prévio dos reservatórios A pressão dos fluidos nos reservatórios é mantida por reguladores de pressão especiais.
O sistema de alimentação já passou pela revisão de requisitos de sistema e pela revisão preliminar de projeto.
O projeto está agora em fase de fabricação dos modelos de engenharia dos reservatórios e dos reguladores de pressão e aquisição dos componentes, com a finalidade de montagem de um modelo de engenharia do sistema completo para realização dos primeiros ensaios funcionais a frio.