quinta-feira, 26 de agosto de 2010

On 23:29 by Prisma   No comments
   Recentemente, o site da Associação Brasileira de Engenharia Química (ABEQ), divulgou uma matéria a respeito de argilas organofílicas que podem ser utilizadas como preenchimento na fabricação de plástico. É um material de leitura bastante interessante. Segue abaixo o artigo:


Nanotecnologia nos plásticos


   Um grupo de cientistas validou teórica e experimentalmente a primeira argila organofílica para uso como preenchimento na fabricação de plásticos. O material, de baixo custo e que pode ser produzido em larga escala, é feito de argila natural, o que o torna mais seguro e mais ambientalmente correto do que os compostos químicos hoje utilizados na fabricação de compósitos plásticos de alto desempenho.
   Miriam Rafailovich e seus colegas da Universidade Stony Brook, nos Estados Unidos, explicam que as argilas organofílicas tratadas com amina quaternária foram as nanopartículas pioneiras na área, que marcaram a introdução da nanotecnologia na fabricação de plásticos.
  Mesmo pequenas quantidades dessas substâncias tornam os plásticos resistentes ao fogo, mais fortes e mais resistente a danos causados pela luz ultravioleta e por substâncias químicas.
   Elas também permitiram que os plásticos fossem misturados, criando materiais híbridos até então desconhecidos, a partir de plásticos comuns.
   Mas lidar com essas nanopartículas está longe de ser algo simples ou limpo. As nanopartículas organofílicas de aminas quaternárias são difíceis de produzir por causa dos riscos sanitários e ambientais associados com as aminas quaternárias. E elas só podem ser produzidas em pequenos lotes.
   Estes e outros inconvenientes, incluindo o custo muito alto, restringiu o uso desses materiais e limitou a maioria das maravilhas tecnológicas que elas geram a meras curiosidades científicas.
   Argilas organofílicas - A nova argila organofílica nanoestruturada agora testada dispensa as problemáticas aminas, substituindo-as por um composto antichama chamado fosfato de difenila resorcinol.
   Esses organofílicos são baratos, geram menos poeira, podem ser produzidos em larga escala e são termoestáveis até temperaturas muito mais altas (acima dos 600 graus).
   A argila também se mostrou superior nas aplicações dos plásticos antichama. E, ao contrário da maioria das argilas organofílicas à base de aminas quaternárias, a nova nanoargila funciona bem com os estirenos, um dos tipos de plástico mais usados em todo o mundo.
   O novo material já foi patenteado, e a expectativa é que ele possa resultar em uma nova geração de nanocompósitos plásticos a curto prazo.


Bibliografia:
The Role of Surface Interactions in the Synergizing Polymer /Clay Flame Retardant Properties
Seongchan Pack, Takashi Kashiwagi, Changhong Cao, Chad S. Korach, Menachem Lewin, Miriam H. Rafailovich

Macromolecules
Vol.: 2010, 43 (12), pp 5338-5351
DOI: 10.1021/ma100669g
(Site Inovação Tecnológica)

domingo, 15 de agosto de 2010

On 15:18 by Prisma   No comments
  Caros estudantes, confiram uma entrevista com o engenheiro químico Emerson Sales que faz parte do movimento UFBA ECOLÓGICA que visa conscientizar as pessoas e por em prática ações ecológicas dentro da universidade. Vale a pena conferir!


segunda-feira, 2 de agosto de 2010

On 08:42 by Prisma   1 comment
 
   Recentemente o site da Associação brasileira de engenharia química (ABEQ) divulgou uma interessante matéria a respeito dos simuladores de processos químicos. Ela é bastante interessante. Segue abaixo o material para a leitura.



Simuladores de processos químicos: revelando a tecnologia nacional
Edson Cordeiro do Valle, MSc. VRTech Tecnologias Industriais, edsoncv@vrtech.com.br

   Já se passaram algumas décadas desde que importantes projetos de simuladores de processos químicos, como AspenPlus, gPROMS e outros, deixaram suas universidades e se transformaram em produtos comerciais para atender a demanda da indústria mundial. Ninguém questiona os benefícios que os simuladores de processos trazem às empresas, desde a confiabilidade no projeto de equipamentos, passando pela segurança e otimização de condições operacionais, minimização de impactos ambientais entre outros.
   Atualmente, podemos ver um movimento na direção do desenvolvimento nacional dessas ferramentas de simulação, aproveitando o potencial dos engenheiros brasileiros - que são entre os mais bem capacitados tecnicamente a nível mundial - e das universidades e centros de pesquisa brasileiros.
   Entre os projetos acadêmicos que merecem destaque, encontra-se o projeto ALSOC, com o simulador EMSO, iniciado na UFRGS em 2005 e que conta com mais 2 universidades colaboradoras. Encontram-se também entre as ferramentas em destaque o DWSIM, que possui código livre aberto à comunidade de desenvolvedores interessados em promover as funcionalidades do mesmo.
   Não só o meio acadêmico vem investindo em simuladores, empresas como a Petrobrás investem em suas próprias alternativas, como o simulador Petrox, desenvolvido pelo Centro de Pesquisa da Petrobrás. A empresa gaucha VRTech desenvolve, com tecnologia própria, uma ferramenta comercial para simulação de processos químicos, o ISE ( Integrated Simulation Environment ), visando uma fatia do mercado nacional de simuladores, com diferenciais inovadores.
   Para a comunidade de engenheiros químicos que estão envolvidos com processo, nada melhor que alternativas nacionais, com custo diferenciado, para o desenvolvimento de tarefas envolvendo simulação, principalmente agora, onde o setor petroquímico nacional encontra-se em expansão, prevendo elevados investimentos na construção de poços e complexos petroquímicos.