sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

On 10:43 by Prisma   2 comments

Por: Jan Penalva   

Em 2008, com os primeiros indícios de petróleo na Bahia, começou-se a especular qual seria o real impacto desta descoberta para a economia baiana. Contudo, o primeiro poço perfurado pela Petrobras na Bacia do Jequitinhonha, no litoral sul baiano, não teve os resultados esperados pela estatal no pós-sal. Além disso, problemas mecânicos na sonda impossibilitaram que a exploração continuasse até o pré-sal.
“Aqui na Bahia estamos perfurando na Bacia do Jequitinhonha. Estamos a 2.700 metros, mas o nosso objetivo é de 4.400. Não é ainda após a camada de sal. A decisão se vamos ou não seguir aprofundando o poço dependerá dos resultados da perfuração”, afirma o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli. Segundo ele, um dos efeitos imediatos do pré-sal para a economia baiana virá, como em outros estados, em uma cadeia produtiva de suprimentos para a exploração petrolífera. No caso da Bahia, especificamente, o presidente da estatal aposta em uma retomada da indústria naval: “Haverá uma demanda muito grande para os estaleiros”, completa.
Já para o professor da Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia (UFBA) Francisco Teixeira, embora exista a possibilidade de confirmação da presença de petróleo em águas profundas do litoral baiano, o futuro da economia do estado ainda é difícil de ser previsto nesta situação. “A Petrobras está envolvida em um monumental programa de investimentos para produzir no pré-sal. Por isso, acredito que as potenciais reservas nordestinas deverão esperar até haver disponibilidade de recursos para mais investimentos”, explica Teixeira.
O professor recorda que é preciso tomar cuidado com a possível euforia do petróleo na região do sul do estado, como a que aconteceu no auge da lavoura do cacau, no início do século passado. “A dinamização da economia local depende de investimentos em infraestrutura, logística e na cadeia de suprimentos de bens e serviços para a indústria de petróleo”, lembra.
Nos próximos quatro anos a Petrobras vai perfurar pelo menos 21 poços no mar da Bahia em busca de novas reservas de petróleo e gás. Em alguns deles, a busca será na camada do pré-sal, a alguns milhares de metros de profundidade. Para tentar concretizar o que hoje se traduz apenas em esperança, a estatal vai investir R$ 3,2 bilhões no estado somente em 2010, e apenas na área de exploração e produção.

A matéria foi extraída da edição online da Revista do Fornecedor.

2 comentários:

  1. Bahia um estado tão grande, aposto em uma boa reserva de petróleo escondida.

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  2. Caro,
    A ocorrência de petroleo não tem nada a ver com o tamanho do estado. Se assim fosse, o Brasil seria o quinto maior produtor de petroleo do mundo. E o Brasil não está nem entre os dez primeiros.

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