quarta-feira, 16 de outubro de 2013

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Fonte: Folha
Combalida desde a crise de 2008 e pela invasão mais recente de importados, a indústria surpreendeu e liderou, entre os grandes setores, o crescimento do emprego em 2012, com alta de 5,8%. Trata-se do primeiro incremento desde 2008, segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE.
O dinamismo mais robusto da indústria fora dos grandes centros metropolitanos e em setores que criaram polos no interior, como a agroindústria, pode explicar o avanço do emprego no setor no ano passado, segundo Maria Lúcia Vieira, gerente da pesquisa do IBGE.
Com a alta, a participação dos trabalhadores da indústria entre a população ocupada subiu de 13,5%, em 2011, para 14%. Para Marcio Guerra, gerente de estudos e prospectiva do Senai, investimentos em novas unidades ou ampliações -realizados em 2010, ano de maior crescimento econômico- foram consolidados e entraram em operação no ano passado, gerando o impacto positivo.


Matriz Produtiva

"Há uma mudança na matriz produtiva nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Essas regiões começaram a fortalecer a sua estrutura industrial, sobretudo nos setores ligados ao consumo, como alimento e confecção", afirma. Segundo ele, antes, havia uma grande dependência das regiões Sul e Sudeste.
Além disso, o especialista afirma que há uma tendência de que os novos investimentos industriais ocorram no interior, sobretudo no Sudeste. "Em São Paulo, é bem mais claro esse movimento das indústrias rumo ao interior em busca de melhores condições para escoamento da produção e de mão de obra mais barata e qualificada", diz.
Outro ponto é que nessas cidades há mais espaço para implantação das fábricas. "O custo de construção dessas industrias acaba sendo muito maior quando é feito nas regiões metropolitanas ou nas capitais."

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