sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

On 15:06 by Prisma   No comments

   A ameaça de um colapso no sistema de abastecimento de água de São Paulo tem levado as escolas a mudarem hábitos administrativos e a aumentarem a ênfase sobre a importância da preservação do meio ambiente nos projetos pedagógicos.   No início do ano letivo, os alunos da pré-escola eram convidados a ir de sunga e biquíni para participarem de um banho de mangueira. Porém, devido à crise hídrica, a atividade foi cancelada. “As crianças entendem que é pela economia da água”, enfatiza a diretora. A meta é reduzir em até 20% os 80 mil litros consumidos quinzenalmente.
   A supervisora de Manutenção e Segurança do Palmares, Zenilia Cipriano, explica que vários elementos da rotina da escola foram alterados; “Nós montamos uma planilha e começamos a verificar todos os registros de água. Então, nós coletamos dados duas vezes por semana. Porque muitas vezes, estoura cano, tem vazamentos. É custo para o colégio como desperdício de água”, exemplifica.
   O Colégio Pio XII, na zona sul paulistana, transformou um lago ornamental em jardim e passou a pedir que os alunos levem garrafinhas de água. “Para que as crianças ao pegarem água do bebedouro não jogassem o que sobrou fora”, explica a diretora adjunta Fátima Lopes dos Santos.   Além das medidas práticas, a preservação da água foi enfatizada em todo o currículo. Fátima explica que o tema será desenvolvido de forma interdisciplinar. “História vai fazer um levantamento, discutindo quais são as tomadas preventivas do uso consciente dos recursos hídricos na história. Geografia, a densidade demográfica e como é o uso e a captação da água em São Paulo”, exemplificou.O trabalho de economia com as crianças é complementado com orientações para os funcionários da limpeza e da cantina. “No próprio cardápio eles vão evitar incluir esses itens que precisam de mais higienização, como folhagens. Também um cardápio em que você utilize o mínimo de utensílios”, comenta sobre as medidas adotadas para que o gasto de água seja reduzido ao mínimo necessário.Outro ponto importante é a avaliação sobre a quantidade de dias que a escola consegue ficar sem água - caso um rodízio severo seja implantado. Esse estudo está sendo feito em conjunto com a Sabesp.
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