quinta-feira, 16 de junho de 2011
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Por: Agência USP
Um grupo de alunos da Escola
Politécnica (Poli) da USP, do Instituto de Tecnologia da Aeronáutica (ITA) e do
Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), dos Estados Unidos, desenvolveu
um protótipo de um sistema de filtragem para óleo de cozinha usado.
Na última semana, o grupo de
estudantes ministrou oficinas na Associação de Catadores de Arujá e região
(Cora) com o objetivo de testar o equipamento. A cooperativa recolhe o óleo
usado em quatro restaurantes da cidade e também de residências, por intermédio
de pontos de coleta.
Agregando valor
Atualmente, o óleo bruto é vendido
para empresas que produzem biodiesel
ao preço de R$0,50 a R$0,60 o litro. Com a filtragem, o litro do óleo poderá
ser comercializado ao preço de R$1,00 a R$1,25.
"No total, recolhemos cerca de
duas toneladas de óleo de cozinha por mês", informa Carlos Henrique
Nicolau, presidente da Cora.
Além de aumentar a renda de catadores
de recicláveis, a iniciativa vai evitar que esse óleo de cozinha seja
descartado no meio ambiente de forma inadequada.
Outro uso possível do óleo de cozinha
usado é a utilização como combustível em caminhões com motores convertidos.
Filtragem do óleo de cozinha
De acordo com Alexandra Fallon, do
MIT, o protótipo teve um custo de R$130,00 e foi produzido com materiais fáceis
de serem encontrados, como tambores, tecido jeans, peneira usada em construção,
mangueiras de gás, etc, com o intuito de facilitar e baratear a sua produção.
"O óleo sai da cozinha com restos de alimentos e outros resíduos e a
filtragem dessas impurezas agrega valor ao produto", aponta.
Segundo Alexandra, a filtragem é feita
por meio de dois tambores e leva de 3 a 4 dias para filtrar 50 litros de óleo.
No primeiro tambor, o óleo passa por
uma peneira para retirar as impurezas maiores, como restos de alimentos.
"Esses resíduos poderão ser comercializados para empresas produtoras de
ração animal", explica a aluna.
No segundo tambor, o óleo é filtrado
por meio de um tecido de jeans. Nesta segunda filtragem, é preciso deixar o
tambor ao sol para o óleo decantar e, quanto mais sol houver, mais rápida será
a filtragem.
Combustível para caminhões
Alexandra explica que no ano passado o
grupo trabalhou na conversão do motor de um caminhão da Cooperalto e outro da
Cruma para utilização do óleo de cozinha bruto como combustível. Esse projeto
acabou sendo interrompido, pois um dos caminhões se envolveu em um acidente e o
outro apresentou problemas no motor.
Por isso, o próximo passo do projeto é
realizar outras parcerias com outras universidades do estado de São Paulo para
ir aperfeiçoando o sistema de filtragem a fim de tornar o óleo filtrado cada
vez mais adequado para uso em motores de caminhões a diesel convertidos.
"Percebemos que este processo de
filtragem é muito importante para a utilização do óleo de cozinha nos motores.
Então quando este processo estiver bem desenvolvido, pretendemos voltar para o
Brasil a fim de trabalhar na conversão de outros motores de caminhão",
destaca.
A filtragem é
feita por meio de dois tambores e leva de 3 a 4 dias para filtrar 50 litros de
óleo. O objetivo é construir um equipamento de baixo custo para uso por
cooperativas. [Imagem: Ag.USP]
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Fonte: Inovação Tecnológica
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