quinta-feira, 10 de março de 2011
On 14:55 by Prisma No comments
A ABEQ recentemete no seu Boletim, publicou uma matéria bastante interessante que segue abaixo para leitura:
Folha.com
Quem já passou pelos imensos canaviais do interior
paulista conhece o cheiro desagradável da vinhaça, líquido que sobra após a
produção de álcool. Cientistas e empresários apostam que o dejeto pode virar a
base de um novo tipo de biodiesel.
A UFSCar - Universidade Federal de São Carlos, e a
empresa Algae Biotecnologia assinaram ontem um contrato de cooperação
tecnológica para colocar a ideia em prática.
O plano é usar a vinhaça como "ração"
para algas microscópicas, cujas células, ricas em moléculas de gordura,
virariam biocombustível.
Nos próximos 30 meses, a parceria vai receber R$
3,24 milhões do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social,
enquanto a Algae investirá mais R$ 320 mil.
Novas tecnologias criadas pelo projeto serão
patenteadas, e possíveis lucros oriundos delas serão divididos meio a meio
entre a universidade e a empresa, disse à Folha Sergio Goldemberg, gerente
técnico da Algae.
"Vamos tomar cuidado para que os resultados
das pesquisas não sejam publicados antes de garantirmos a propriedade
intelectual sobre eles", afirma.
Se tudo der certo, o projeto pode ajudar a resolver
uma série de problemas ambientais e tecnológicos com uma cajadada só.
A vinhaça, que é basicamente a "água
suja" que sobra depois da fermentação e da destilação do caldo de cana, é
muito rica em sais e em compostos orgânicos difíceis de degradar.
Por isso mesmo, é poluente e demanda tratamento
antes de ser lançada na natureza. "As algas removeriam parte desses
poluentes e virariam matéria-prima", explica Reinaldo Gaspar Bastos,
engenheiro de alimentos do campus da UFSCar, em Araras (SP) e líder da
pesquisa.
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